Foram hoje divulgadas as imagens vencedoras do mais prestigiado concurso de fotojornalismo mundial, o World Press Photo. A imagem vencedora retrata emigrantes africanos na costa da cidade Djibouti, capital de um pequeno país do nordeste de África. A fotografia mostra os emigrantes à noite elevando os telemóveis na tentativa de capturar rede a baixo custo do país vizinho, a Somália. A fotografia pertence ao fotógrafo norte-americano John Stanmeyer, nascido em Ilinois e um dos fundadores da reputada Agência VII, além de ser também fotógrafo nas revistas Time e National Geographic.
A fotografia de John Stanmeyer venceu também o 1.º prémio na categoria Questões Contemporâneas, segundo palavras de Jillian Edelstein, membro do juri, trata-se de uma fotografia «que está relacionada com tantas outras histórias, incita ao debate sobre a tecnologia, globalização, migrações, pobreza, desespero, alienação e humanidade». O fotógrafo irá receber um prémio no valor de 10.000 euros em Abril deste ano numa cerimónia em Amesterdão.
Outro membro do juri, Susan Linfield, referiu ainda sobre a fotografia premiada: «há muitas fotos de emigrantes que os mostram como sujos e patéticos, mas esta fotografia é não só romântica como dignifica os emigrantes».
Ao World Press Photo deste ano concorrem 5.574 fotógrafos de 132 países, tendo sido apresentadas 98.671 fotografias que foram avaliadas por um júri de profissionais, presidido por Gary Knight, também um dos fundadores da Agência VII, o juri esteve reunido durante as duas últimas semanas em Amesterdão para fazer a escolha das imagens premiadas.
O concurso World Press Photo é composto por 8 categorias das quais se destacam: vida contemporanea, noticias locais, natureza, retratos, desporto.
Na categoria Vida Contemporânea, o vencedor foi Julius Schrank, com uma fotografia dos Guerrilheiros Kachin, na Birmânia, e, em Notícias Gerais, venceu Alessandro Penso, com uma foto intitulada «Acomodação Temporária». Em Notícias Locais, venceu Philippe Lopez com uma fotografia dos refugiados do tufão Haiyan, numa procissão religiosa em Tolosa, na ilha de Leyte, no leste do arquipélago das Filipinas.
Em Desporto, a fotografia vencedora mostra a queda do cavaleiro Pablo Mac Donnough, da equipa La Dolphina, durante uma partida de polo em Buenos Aires, Argentina, e é da autoria do fotografo Emiliano Lasalvia. Em Natureza, o vencedor foi Bruno D`Amicis que fotografou uma raposa do deserto, conhecido cientificamente como «vulpes zerda».
Na categoria Retratos do Quotidiano, a vencedora foi a fotografa Carla Kogelman, com a série «Ich bin Waldviertel» («Eu sou de Waldviertel»), dedicada ao dia-a-dia de duas irmãs, naquela região austríaca, na aldeia de Merkerbrechts. Na categoria Retratos em Pose, foram dois os vencedores, Danila Tkachenko, com «Escape», uma série de fotografias de pessoas que decidiram viver sozinhas fora de uma comunidade, e Brent Stirton, com retratos de rapazes cegos indianos albinos.
